o cordão umbilical,
há muito, de nós foi cortado,
no nosso natal,
e de nós está separado.
desde a nascença,
somos só nós, um único ser,
e não é necessária nenhuma licença,
para respirar, para viver.
as âncoras há que levantar,
ir pelo mundo fora...,
fazer a trouxa e zarpar,
amanhã é tarde, façamos agora.
cada um, por si vai,
os outros são e serão companheiros de jornada,
larga os teus e vai,
e faz pela vida a tua caminhada.
levanta as âncoras e zarpa!
solta essas amarras,
porque na mais íngreme escarpa,
só podes contar com as tuas garras.
chãs de tavares, 5 de abril de 2009, joão oliveira