sou caminhante
neste trilho enlameado
e navegante
neste mar revoltado
mas caminho e navego
amaciando terra e mar
e a ninguém delego
o lugar
onde vou chegar?!
ao porto de abrigo
não só para pernoitar
pois, apartir daí consigo
ver, ter e ser: mais mar e terra
e com nova caravela
e do alto da serra
libertar-me de qualquer cela
sozinho continuar
a isso condenado
mesmo numa gare
num comboio, isolado ( mas a sentir-me muito bem)
joão oliveira 09-05-12